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REPRODUÇÃO

Os briozoários possuem três formas de reprodução conhecidas:

1 -Sexuada – responsável pela formação de nova colônia a partir do óvulo fecundado.
Os indivíduos são hermafroditos, possuem ovário e testículos no mesmo indivíduo, mas geralmente não há autocruzamento. Na colônia, há o zoóide macho, produtores dos espermatozóides e o zoóide fêmea, que libera óvulos.
Há duas situações na reprodução sexuada: 1) os espermatozóides são liberados na água pelos tentáculos para fecundar o óvulo de outro indivíduo, ou; 2) o óvulo de um indivíduo é liberado na água e capturado pelos tentáculos de outro indivíduo, sendo fecundado pelos espermatozóides que migram do interior do zoóide até o órgão intertentacular para fecundar o óvulo capturado dando origem ao ovo.
O ovo se transforma em uma larva. Dois tipos de larva existem e varia com a espécie:

 

a) Cifonauta (bivalve), que ocorre nos grupos de espécies mais primitivas, é pelágica e provida de duas conchas e tubo digestivo, que permite que ela se alimente enquanto estiver livre na massa de água. È o único grupo de invertebrado que possui nutrição extra-embrionárias.

 

b) Trocófora, que não possui concha e se alimenta das substancias armazenadas na câmara incubadora (ovicelo); o tempo disponível para a fixação ao substrato é maior.

A larva se fixa e sofre uma metamorfose dando origem ao primeiro individuo da nova colônia chamado de “ancéstrula” ou ancestrécio. Nos filactolemados o ovo, pode ser protegido por uma cápsula quitinosa, resistente chamada de estatoblasto, que protege o ovo durante o inverno e na primavera se rompe, desenvolvendo o novo indivíduo.

 

2 - Assexuada – brotamento, responsável pelo crescimento da colônia por duplicação celular.

Ocorre em duas etapas quase que simultâneas:
a) crescimento das paredes laterais produzidas pela cutícula
b) bipartição do polipidio e migração para a estrutura nova

 

3 - Fragmentação - um fragmento pode ser reconstituída por brotamento. O único exemplo registrado foi observado no Panamá em colônias Cupuladria, cujo número de fragmentos aumentou sem que fosse registrado a reprodução sexuada (HERRERA et all, 2006).

(HERRERA et all, 2006, BOARDMAN et all, 1983; RUPPERT et all, 2005; RYLAND, 1970; HAYWARD &, RYLAND 1979; WOLLACOTT & ZIMMER, 1977).

 

   

 

Figura1- Expulsão de um estatoblasto pelo poro vestibular do zoóide do filactolemado- Stollella evelinae Marcus, 1941 (Adaptada de Marcus, 1941).

 

 

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