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Na escala zoológica os ectoproctos (briozoários) são considerados mais evoluídos do que os poríferos e verme por possuírem celoma. Ele são considerados menos evoluídos do que moluscos e equinodermos, que possuem sistema nervoso desenvolvido. Através da análise molecular eles foram identificados como protostomios e assim incluídos entre os ectoproctos, passando a compor o grupo Lophotrochozoa, juntamente com os demais lofoforados Phoronida e Brachipoda, que foram reunidos como Brachiozoa. A análise molecular também confirma a separação dos briozoários com nemertineos, anelideos e moluscos, que são deuterostomios e possuem sistema nervoso e circulatório. Os endoproctos foram unidos aos Platelmintos (Nesnidal,......)

A fauna viva do filo Ectoprocta, de acordo com a International Bryozoa Association (IBA), está dividida em:

Classe Phylactolaemata- briozoários essencialmente dulciaquicolas, colônias com parede quitinosa ou gelatinosa. Os zoóide são cilíndricos. Sem dimorfismo. O processo de reprodução assexuada é por meio de estatoblastos.

Classe Stenolaemata Borg, 1926 – briozoários marinhos. Zoóides providos de parede calcaria, - o zoécio, forma cilíndrica, tubular, abertura ova, na parte terminal. O polimorfismo reduzido a apenas dois tipo de heterozoóides: ovicelo  e quenozoóides. Possui três ordens fósseis e apenas uma atual – a Ordem Cyclostomata. Busk, 1852.

Classe Gymnolaemata Allman, 1856 – briozoários de ambiente principalmente marinho, mas com espécies de ambiente salobre. O zoóide em forma de cilindro, garrafa e caixas é provido de abertura com forma bastante variada.  Polimorfismo é evidente e com vários tipos de heterozóoide: ovicelo, aviculário, vibráculo, quenozooides (semelhantes a rizóides). Nesta classe estão incluídas duas ordens Ctenostomata Busk, 1852 e Cheilostomata.

a) Ordem Ctenostomata – os ctenostomados abrangem as espécies que possuem parede membranosa ou quitinosa, autozoóide cilíndricos e abertura fechada por um colar pregueado. Não possuem heterozóide para reprodução. Os embriões são incubados no próprio corpo gerador. Também não possuem aviculário nem vibráculo.
b) Ordem Cheilostomata-  esta ordem é subdividida em sub-ordens, em função das diferenças no grau de calcificação da parede frontal em: Inovicellata Jullien, 1888, Scruparina Silén, 1941, Malacostega Levinsen, 1902 (parede membranosa), Neocheilostomina d’Hondt,1985 com duas infraordens Flustrina, Smith, 1868  e Ascophora (parede calcária). Esta última se subdivide em “Grades Acanthostega Levinsen, 1909, Hippothoomorpha Gordon, 1989, Umbonulomorpha, Gordon, 1989, Lepraliomorpha Gordon, 1989, em função da origem da parede frontal. As três grades  são classificadas por alguns autores como como infraordem da antiga ordem Ascophora.

Na Bahia, os estudos se concentram mais na Classe Gymnolaemata, Ordem Cheilostomata, pela sua importancia para o estudo avaliação de variações ecológicas durante o monitoramento de comunidades e na Geologia para avaliação das variações no ambiente de deposição do sedimento. As espécies da ordem Cyclostomata são mais moldáveis e mais analisados para fins de taxonomia, inventario e distribuição geográfica.

Na costa da Bahia temos registro de 184 espécies. Elas abrangem duas classes: 1- Classe Stenolaemata, com a Ordem Cyclostomata, sete familias, sete gêneros e treze espécies; 2- Classe Gymnolaemata representada pelas ordens Ctenostomata e Cheilostomata. Os ctenostomados estão representados por apenas uma família, dois gêneros e três espécies. Os queilostomados são os mais representativos com três subordens, 56 famílias e 94 gêneros e 171 espécies. As ordens Cyclostomata e Ctenostomata e a Classe Phylactolaemata são pouco. Eles requerem maiores cuidados na identificação e coleta e triagem do material.

 

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