MODO DE VIDA

Os briozoários são seres coloniais e filtradores, como os corais, porém os indivíduos, apesar de viverem independentes dos zoóides vizinhos, mantêm uma relação entre eles, para manter e crescer a colônia. Os nutrientes são repassados para os indivíduos em formação, através do funículo, mantendo a colônia viva. A larva planctônica é seletiva para o suporte de fixação que deve ser favorável para o crescimento da colônia de acordo com a sua forma e o tamanho, assim como a natureza carbonática do substrato. O indivíduo, por sua vez precisa das condições favoráveis para realizar suas atividades fisiológicas. A proteção, locomoção e reprodução sexuada da colônia é feita pelos zoóides adaptados a estas funções (vide Introdução)
Na comunidade bentônica, os briozoários se alimentam de organismos que não podem ser vistos sem lentes de aumento e por isso são chamados de organismos microscópicos: zooplancton e fitoplancton (vide Alimentação). Em Ecologia, os briozoários são chamados de consumidores primários porque se alimentam de organismos produtores de compostos orgânicos, tais como as algas microscópicas que compõem o fitoplancton.  Por outro lado, briozoários servem de alimento para os consumidores secundários. Assim, esponjas, equinodermos, nudibranquios, nemertineos e peixes são predadores de briozoários.

Na Bahia, os briozoários utilizam uma grande variedade de suportes para o assentamento larval e desenvolvimento da colônia: alga calcária Halimeda, conchas de moluscos, cascos de crustáceos, equinodermos, esponja calcária e corais inteiros ou fragmentados ( ALMEIDA, 2010). Podem ocorrer sobre algas não calcárias, perecíveis ( vide Habitat).