Os animais de Nossas Praias

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LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO


a) Evolução da pesquisa do Filo Bryozoa na Bahia

 

Figura 1 - Navio Beagle e a rota da sua expedição em 1831-1836

Charles Darwin fez o primeiro registro de briozoário na Bahia (complexo recifal de Abrolhos), durante a expedição do navio Beagle, em 29 de fevereiro de 1831, da espécie tipo Steginoporella magnilabris (Harmer, 1900). Outros registros foram realizados por expedições oceanográficas internacionais: navios HMS Challenger, em 1873; Norseman, 1877 e Calypso, 1961; e nacionais: REMAC, entre 1972-1973; GEOMAR IX, em 1978; GEOMAR XXV, em 1985; REVIZÈE, em 1996- 1998 e a Campanha Oceanográfica Oceano Leste, em 2001, nas localidades de Guarajuba, Baía de Todos - os - Santos, Ilhéus, Caravelas e do Complexo Recifal de Abrolhos. Canu & Bassler, 1928 registraram 7 espécies novas para as localidade de Guarajuba e 4 espécies, para a Baía de Todos os Santos.
ERNST MARCUS (1937, 1938, 1939, 1955) descreveu para a Bahia 28 espécies. Alguns trabalhos publicados mostram os organismos associados e a importância da latitude na distribuição dos briozoários no sedimento ao longo da plataforma continental, porém sem estudo da taxonomia (SUMMERHAYES et alii, 1975; MELO et alii.,1975; CARANNATE et alii., 1988; Almeida (2006, 2011 e Silva, 2011).
Zelinda Margarida Andrade Nery Leão foi pioneira, na Bahia, na classificação briozoários e determinação da participação dos briozoários Cheilostomata na formação da estrutura dos recifes em Abrolhos (Leão, 1982), Posteriormente , Barbosa e Souza (1993) citam 32 espécies para esta área. A descrição e a primeira lista sistemática com o registro de 34 espécies na costa entre Salvador e a baía de Camamu foi apresentada por Souza (1986; 1989a), ao mesmo tempo que notificou que as espécies cupuladriidas podem ser indicadoras de antigos depósitos de areia (Souza, 1989b). Entre 1992 e 1997, as coletas continuaram nas praias do interior da Baía de Todos-os- Santos (Porto dos Tainheiros, Ribeira, Penha e Bogari), litoral de Salvador (Itapuã a Arembepe) e no município de Camaçari (Guarajuba) abrangendo praias arenosa, rochosa com banco carbonático e arenosa com recifes coral-algálico. A partir de 1995, os briozoários passaram a fazer parte dos estudos de monitoramento ambiental e das análises dos componentes biogêncos do sedimento, para identificação de variações do meio ambiente aquático.
No ano 2008, foi criado o Grupo de Pesquisa do CNPq/ UFBA, intitulado “Sistemática, Biologia e Ecologia de Bryozoa”, que visa divulgar o conhecimento atualizado das espécies no Brasil.

As pesquisas contaram com a participação e disponibilização de amostras dos pesquisadores dos Laboratórios de Estudos Costeiros do Instituto de Geociências e Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Geofísica e Geologia da Universidade Federal da Bahia (IGEO/ /CPGG/ UFBA): Yeda Andrade Ferreira, José M. L. Dominguez, Zelinda M.N. Leão, Rui K.P.Kikuchi, Altair J.Machado, Geraldo S. Vilas Boas, Abílio C. S. Bittencourt e Arno Brichta; Malacologia e Ecologia Bentica (LAMEB) (1995-2007): Marlene C. Pêso-Aguiar, e; Geoecologia de Sedimentos Marinhos (GEOECO) do Instituto de Biologia da UFBA, desde 1997: Orane F.S. Alves.

 

O levantamento do inventário da fauna briozoológica contou também com a participação de geólogos e biólogos: Cláudio J.N,da Silva ( in memorium), Doriedson F.Gomes, Yanara S. Reis, José L. C.Moraes, Vanessa E. S. Almeida, Rian P. Silva, Rilza C.T.Gomes, Giovanna Carrozzo, Teresa C.S. Gasso, Karina P.Góes, Caroline A.dos Santos, Theolis B. Costa, André L. S. Souza,  Paulo H. Cetto e Ana Carolina S. Almeida, e o auxílio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq) e Fundo Mundial para a Natureza (WWF) - programa natureza e Sociedade.

 

 
  Steginoporella magnilabris (Hamer, 1900)

 

 

b) Trabalhos publicados no Estado Bahia ( vide em arquivo separado)

 

 

 

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