PAREDE DO CORPO
O corpo do zoóide é protegido por duas camadas celulares: 1) um saco membranoso que envolve o polipídio, o peritônio, e; 2) a epiderme, camada mais externa que envolve o celoma, cavidade situada entre as duas camadas e onde ficam suspensos o canal alimentar, músculos, sistemas nervoso e sistema funicular ou funículo. A parede do corpo é constituído também por camadas não celulares, situadas na parte mais externa da epiderme. Podem ser cuticular ou gelatinosa, em alguns taxa (Ordem Ctenostmata e Phylactolaemata) e impregnadas de partículas calcárias, formando um esqueleto, o zoécio, muito comum nos briozoários marinhos (Cheilostomata) (Figura 1) (BOARDMAN et al 1983).
O zoécio é considerado um exoesqueleto, porque a incorporação de partículas calcárias na parede ocorre na própria cutícula ou entre ela e a parte externa da epiderme. Os zoécios unidos por uma outra parte calcária, formam o esqueleto da colônia, o zoário. A composição do esqueleto calcário pode ser formado pelo mineral aragonita, calcita ou ambos, variando de espécie para espécie (BOARDMAN et al 1983). Nos briozoários em forma de caixa as paredes externas são classificadas em: basais, laterais e frontais. A membrana frontal evoluiu ao longo do tempo formando uma proteção à membrana frontal. Especimes mais simples possuem a parede frontal não calcificada (membranosa) ou parcialmente calcificada nas laterais (Cupuladria ), outros possuir espinhos arqueados (Beania), escudo reticulado (Puellina), grandes poros frontais (Poricella) ou uma série de poros aureolares que contornam a parede (Metrarabdotos) . A forma mais complexa possui um poro frontal único (ascoporo) que dá acesso ao saco de compensação, o asco (Margaretta). Os poros frontais são uteis para penetração da água do exterior e poros laterais para troca de substancias e comunicação dos zoóides entre si durante pelo sistema funicular, principalmente durante a formação de um novo zoóide. As fotos abaixo mostram os tipos de parede que ocorrem nos diversos gêneros ( Figura 1).
Além da parede externa, que recobre a cavidade do zoóide, a colônia possui paredes internas que separam os zoóides.
Figura 1- Briozoários cheilostomados e tipos de parede: Cupuladria. parcialmente calcificada nas paredes laterais; Beania, espinhos arqueados sobre parede membranosa; Puellina; parede em forma de escudo reticulado; Poricella, parede com zonas descalcificadas com grandes poros frontais- foramina; Metrarabdotos; parede com uma série de poros aureolares no limite do zoécio; e, Margaretta, parede totalmente calcificada com ascoporo frontal.
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